Outra vida

domingo, 15 de novembro de 2015

Desespero

Como pode sobrar tão pouco daquilo que já foi,
A esperança se reparte pois,
A vida passa e o que restam são partes,
Partes da ilusão sem mártires.

O que resta hoje é pouco,
E vejo então a fênix renascer.
De cada relação surge um novo ser,
Um ser moço.

Hoje não é primavera,
É o outono que se aproxima,
Sem querer muita rima.
Não tem um amor que espera.

Sobram as olheiras,
Deixadas pelo choro,
Se vê rastros e poeiras,
Onde antes era ouro.

E cada vez que penso,
Soluço ainda mais.
Pois sei que não é o lenço,
Que enxugará as marcas mortais.

Essa é a vida,
É mais um ciclo que se vai,
Que cicatrize esta ferida,
E que venham tantas mais!!


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